Fundador do Restaurante Cariri e Casa de Forró recebeu homenagem da X-9 Paulistana

José Hamilton de Santana criou o Restaurante Cariri em 2001 e a Casa de Forró veio depois com a sanfona, triângulo e zabumba. Um sucesso na capital sergipana. O termo forró vem de línguas africanas, antes forrobodó, que provém de festa, de arrasta-pé ou farra e em 2030 o forró completará 100 anos, o ritmo musical do nordeste brasileiro foi criado pelo músico Luiz Gonzaga.

Na noite de 3 de Fevereiro deste ano, Santana escreveu mais uma página da sua história sólida na contribuição com o estado do Sergipe. Ele ganhou uma homenagem da escola de samba vencedora do carnaval de São Paulo no grupo de acesso 2, a X9 Paulistana, que desfilou no Sambódromo do Anhembi. Em 2025 o retorno será ao grupo de acesso.

O samba enredo “Nordestino Sim, Nordestinado Não”, dos compositores Cláudio Russo e Fadico fez à comissão de frente, passistas, mestre-sala e porta-bandeira, rainha de bateria, musas e a ala inteira das baianas, cantar e dançar forró com samba.

Origens da criação
José Hamilton de Santana, nasceu no povoado Gado Bravo, município sergipano de Nossa Senhora das Dores. Filho, pai, avó, marido, irmão, cidadão e fundador do Restaurante Cariri e Casa de Forró.

Da Etimologia, José designa “conceda filhos” Hamilton possui o conceito de “aldeia fortificada” e Santana denota “graça”, a avó de Cristo. Sergipe vem do tupi e significa rio dos siris, Aracaju quer dizer cajueiro dos papagaios; Cariri era uma tribo indígena à margem esquerda do rio São Francisco, o nome Cariri virou símbolo de resistência e do esforço do trabalho escravo indígena, explorados pelos colonos portugueses. Assim como os angolanos, congoleses e outros povos africanos. E foi dessa mistura cultural, a indígena, africana e portuguesa que a gastronomia sergipana construiu sua base na autenticidade.

Quando fundou o Cariri Restaurante e Casa de Forró,  o restaurateur e produtor cultural, José Hamilton de Santana reuniu a essência da cultura e gastronomia sergipana. Buscou em todas as fontes e decorou com artesanato, criatividade, as diversas influências dessa cultura nordestina. Na boca o sabor dos povos que construíram o estado.

Santana foi recentemente definido pelo neto Hamilton Santana Neto com a palavra, “aprendizado”, o adolescente captou a alma do avô.

Jaime Aroxa, coreógrafo da Comissão de Frente e Comissão de Carnaval do G.R.C.E.S. X-9 Paulistana, viu samba no dia que visitou a casa em Aracajú, e levou para a escola o Cariri Restaurante e Casa de Forró através de uma ala, por justamente ter a representatividade nordestina.

Cariri tombado
Já o vereador Byron Virgílio dos Santos entrou  nesta semana com o pedido de tombado da casa, por se tratar da casa mais antiga em funcionamento interrupto em Aracaju, e que melhor representa a cultura local, há 23 anos.

Cariri é símbolo do nordeste, com uma agenda de shows que não só promove o Sergipe, mas toda a cultura nordestina, e na mesa recria os sabores de todas as influências sergipanas. Cariri é a resistência do povo, que resiste às dificuldades com alegria e felicidade.

Pelo conjunto da obra cheia de apresso pela cultura, gastronomia, turismo sergipano, José Hamilton de Santana terá seu Cariri tombado pelo município de Aracaju, a honraria quando aprovada será concedida.

O restaurateur, produtor cultural e promotor do turismo sergipano, José Hamilton de Santana disse: “A casa deve ser tombada, por ser uma casa é uma casa puramente nordestina, quando você adentra, você já vê o nordeste. Você vê decorações,  paredes  como eram feitas antigamente as casa do sertão, aqui tudo reflete ao nordeste, toda a decoração”.

Reportagem: Mary de Aquino.
Fotos: Luiz Carlos Loyola.

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