Vinícola Bertoletti celebra conquista histórica na maior prova de vinhos do país

Linha Lavigna e suco de uva premiados reforçam o protagonismo do terroir paranaense no cenário nacional

A Vinícola Bertoletti, com raízes profundas em Bituruna (PR), vive um dos momentos mais marcantes de sua trajetória. Ao conquistar 12 premiações na 10ª edição da Grande Prova Vinhos do Brasil 2025, a vinícola se firma como uma referência entre os grandes nomes da vitivinicultura nacional.

Destaque especial vai para o suco de uva natural da casa, que recebeu medalha de ouro com impressionantes 93 pontos, entrando para o seleto grupo dos melhores do Brasil. A consagrada linha Lavigna também brilhou na competição, com três vinhos premiados com medalha de ouro. As linhas Castas e Legatum completaram o pódio, demonstrando a diversidade e autenticidade dos rótulos produzidos em solo paranaense. “Cada premiação representa o resultado de um trabalho feito com amor, respeito à terra e à nossa história. São conquistas que nos enchem de orgulho e fortalecem ainda mais o nosso compromisso com a qualidade”, celebra Claudinei Bertoletti.


Uma história que nasce da terra e atravessa gerações

A jornada da Vinícola Bertoletti começou nos anos 1930, quando os primeiros imigrantes italianos deixaram Bento Gonçalves (RS) rumo ao Sul do Paraná. Foram 30 dias de viagem de carroça, até que encontraram em Bituruna o solo fértil ideal para recomeçar a vida – e o cultivo das videiras.

Foi somente na década de 1990 que o sonho ganhou novo impulso: Claudinei Bertoletti, já formado em enologia, retornou ao município com o propósito de modernizar a produção familiar. A partir dos anos 2000, com incentivo da prefeitura e o crescente interesse da população pelos vinhos locais, a vinícola ganhou força e se consolidou como referência no estado. Hoje, a Bertoletti é administrada pela quarta geração da família, mantendo a tradição com os olhos voltados para o futuro.


Tradição, inovação e reconhecimento

A produção anual da vinícola impressiona: são cerca de 300 mil litros de suco de uva, 300 mil litros de vinhos de mesa e 15 mil litros de vinhos finos e espumantes, além de uma linha de grappa. O espaço também abriga eventos culturais e esportivos da cidade, misturando o charme dos antigos tonéis de madeira com a tecnologia dos modernos tanques de inox e barricas de carvalho.

Mais recentemente, após anos de empenho conjunto entre os produtores da região, o vinho elaborado com a uva Casca Dura — variedade típica da imigração italiana — conquistou o selo de Indicação Geográfica (IG), concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). O reconhecimento reafirma a singularidade da bebida produzida em Bituruna, que hoje é um símbolo da excelência paranaense.

Sobre Bituruna – Conheça mais sobre vinhos e a Bituruna, cidade que possui cerca de 16 mil habitantes, e que é majoritariamente italiana. A colonização começou por volta de 1920, quando descendentes de imigrantes vindos do Rio Grande do Sul encontraram na região um lugar fértil para recomeçar a vida. A partir de 1924 começaram chegar as primeiras famílias. Na época, era apenas uma colônia com o nome de Santa Bárbara, nome dado pela empresa colonizadora. A partir de 1954 passou a ser chamada de Bituruna, que na cultura tupi, significa Serra Negra/Monte Negro. Leia mais sobre Bituruna aqui.

Texto e fotos: Silvana Canal MKT


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