CNC alerta para desaceleração econômica e desafios para o PIB em 2025

Alta dos juros, inflação e endividamento das famílias devem frear o crescimento brasileiro

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 3,4% em 2024, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do resultado positivo no acumulado do ano, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) alerta para os sinais de desaceleração econômica, evidenciados pelo crescimento modesto de 0,17% no último trimestre, abaixo das expectativas do mercado.

Para 2025, a CNC projeta uma expansão mais tímida, em torno de 2%, impulsionada principalmente pelo agronegócio, que deve apresentar uma leve alta de 0,2% já no primeiro trimestre. No entanto, setores como comércio e serviços, que foram os principais motores da economia nos últimos anos, tendem a perder fôlego devido ao endividamento das famílias, às condições de crédito mais restritivas e à inflação elevada. Além disso, a alta do dólar e as tensões geopolíticas globais podem agravar o cenário.

O setor de serviços, que cresceu 3,67% em 2024, já demonstra sinais de arrefecimento, enquanto o comércio, que avançou 3,8%, enfrenta um ambiente mais desafiador. Pela ótica da demanda, o consumo das famílias, que subiu 4,76% no ano, caiu 1% no último trimestre, evidenciando os impactos da inflação e da política monetária restritiva sobre o poder de compra.

A CNC reforça a necessidade de medidas que impulsionem a atividade econômica, equilibrando responsabilidade fiscal com estímulos ao consumo e ao investimento. O ano de 2025 será desafiador, e a retomada do crescimento sustentável dependerá da adoção de políticas que fortaleçam o setor terciário, essencial para a geração de empregos e renda no país.

Com assessoria

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