Camara municipal de foz do iguaçu

Brasil conquista 1º lugar da América Latina em ranking da Associação Internacional de Congressos e Convenções

Em terceiro lugar considerando as Américas, país também voltou ao Top 20 da lista global, que reúne os 50 países que mais realizaram eventos presenciais oficiais da ICCA

O Brasil ficou em 1º lugar da América Latina e voltou ao Top 20 global no ranking da Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA). O grupo divulgou, nesta segunda-feira (13), a seleção anual de países referente ao ano de 2023 de acordo com o número de eventos oficiais sediados. No levantamento, que inclui todo o continente americano, o país ficou em terceiro, atrás apenas dos Estados Unidos (líder mundial) e do Canadá, retomando a posição à frente do México.

O ranking soma mais de 10 mil eventos, reuniões e congressos realizados nos 12 meses do ano passado. No período, o Brasil soma 156 encontros presenciais do perfil ICCA, um aumento de 42% em relação a 2022. Primeiro lugar nas Américas e também no global, os Estados Unidos sediaram 690 eventos, seguidos, nas listas das Américas e Global, pelo Canadá, com 259 encontros. Considerando somente os países da América Latina, a Argentina ficou em segundo, com 145, e o México em terceiro, com 136. 

Um evento de perfil ICCA tem, no mínimo, 50 participantes, acontece em pelo menos três países diferentes e tem periodicidade fixa. 

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, destacou a importância para o Brasil do chamado turismo MICE (sigla em inglês para turismo de reuniões, incentivos e negócios internacionais). “Temos que dar muita atenção ao turismo de negócios, que é um dos que concentram o maior consumo por turista. E é uma modalidade, muitas vezes, invisibilizada, porque a pessoa viaja, mas está trabalhando no horário comercial, não está vestido com roupas leves para caminhar pelas ruas, por exemplo”, disse.

“E o fator econômico é muito importante pra gente, porque como eu sempre digo, é um dinheiro que entra no destino. É investimento, desenvolvimento e geração de emprego e renda. E é, também, uma chance que temos de fortalecer outros setores, como o cultural, o gastronômico e o histórico, que o turista pode visitar em um horário alternativo e, mais que isso, com boas experiências, pode voltar ao destino em outra ocasião, a lazer, com a família, o companheiro ou a companheira”, completou.

A diretora de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade da Embratur, Jaqueline Gil, lembrou da importância das parcerias para o resultado. “A colaboração entre a Embratur, os Conventions & Visitors Bureau do Brasil e organizações de marketing de destino é uma parceria estratégica que visa elevar ainda mais a posição do Brasil no cenário global de eventos, promovendo o Brasil de forma mais eficaz para atrair e sediar eventos internacionais”, disse.

“Ao captar novos eventos, espera-se um aumento na quantidade de eventos internacionais realizados no país, em um ciclo de trabalho estratégico, com precisão e consistência para garantir uma posição de destaque no cenário internacional de turismo de negócios e eventos”, completou a diretora.

Ranking global
No ranking global, que reúne os 50 maiores, o terceiro lugar ficou com a Espanha, com 505 eventos, e o Brasil ocupou a 20ª posição, retomando o patamar de 2019, atrás da República Tcheca, com 157, e na frente de Singapura, com 156 encontros em 2023. O último lugar geral ficou com o Peru, com 44. Nesse caso, a Argentina ficou em 25º, e o México, em 27º. E por cidade, São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e Foz do Iguaçu (PR) foram as principais localidades brasileiras na lista com 48, 39, sete e seis eventos, respectivamente.

Segundo o gerente de Turismo de Reuniões, Incentivos e Negócios Internacionais da Embratur, Alexandre Nakagawa, o crescimento no setor de turismo de negócios é uma das prioridades da Agência. “É uma das diretrizes da gestão Freixo o reposicionamento do Brasil como destino excelente no turismo de negócios e eventos. E esse anúncio do ranking corrobora exatamente com o trabalho que vem sendo feito. Hoje temos uma gerência exclusiva para esse setor e, junto, uma política de relacionamento com associações nacionais e internacionais para que o país seja visto, cada vez mais, como o destino de turismo de negócios e eventos no mundo”, afirmou o gerente.

Para o presidente da Unedestinos, Toni Sando, a escalada do Brasil no ranking significa que o país está se tornando mais competitivo. “A ascensão no ranking reflete o esforço contínuo em atrair e sediar eventos de alto nível, resultando em um impacto positivo direto na economia local e nacional. A conquista de uma posição mais alta no ranking da ICCA é o resultado de um trabalho árduo e meticuloso. Envolve pesquisa minuciosa, cadastramento preciso no banco de dados e colaboração estreita entre a Embratur e as Organizações de Visitors e de Conventions Bureaus. Essa parceria estratégica com equipe especializada no MICE visa promover os destinos brasileiros de forma eficaz e atrair um fluxo crescente de eventos internacionais”, comentou.

Já Roberta Werner, diretora-executiva do Visit Rio, ressaltou que o resultado do ranking superou as expectativas. “O reposicionamento do Brasil em rankings renomados como o do ICCA é um sinal promissor para o nosso setor, evidenciando o sucesso dos esforços em promover o país para o turismo de negócios. Esse resultado é particularmente gratificante para nós do Rio de Janeiro, que aparece na lista com um total de 39 eventos, um aumento de aproximadamente 34% em relação a 2022. Essa taxa superou nossas expectativas, inicialmente estabelecida em 25% de crescimento, e consolida, cada vez mais, a Cidade Maravilhosa como um destino não apenas de lazer, mas como um local atrativo para reuniões, eventos e congressos”, declarou.

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