Itaipu é sede de encontro do Mercosul para combate a crimes cibernéticos
Reunião é a última dos países antes da Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) para crimes cibernéticos, que deve acontecer em janeiro de 2024, em Nova York (EUA)
A Itaipu Binacional recebeu nesta quarta-feira (6) um encontro dos Estados Parte do Mercosul e Estados Associados para desenvolver estratégias de cooperação jurídica internacional no combate a crimes cibernéticos transnacionais. A abertura da reunião, que termina nesta sexta-feira (8), foi no Auditório Integração, na Central Hidrelétrica Itaipu.
O evento reúne 30 autoridades de países como Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname e Uruguai, além da delegação brasileira. O objetivo é definir um alinhamento regional da América do Sul para ser levado à Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre crimes cibernéticos. O evento acontece em janeiro de 2024, em Nova York, nos Estados Unidos.
O diretor jurídico, Luiz Fernando Delazari, fez a fala de abertura aos participantes lembrando que, em 2004, quando era secretário da Segurança Pública do Paraná, criou o primeiro núcleo de combate ao crime cibernético no Estado. “Para Itaipu, é uma honra sediar um evento desta importância com representantes de vários países da América do Sul”, afirmou.
Para a diretora do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Carolina Yumi de Souza, “nenhuma outra instituição incorpora a ideia de cooperação entre países como Itaipu, especialmente por estar na Tríplice Fronteira, que é uma região muito importante para a cooperação jurídica internacional no combate a esse tipo de crime”, afirmou.
De acordo com ela, esta é a primeira vez que os países do Mercosul e associados se encontram, fora do âmbito da ONU, para tratar sobre o tema. O último encontro havia sido em agosto, na sede da ONU, em Nova York. “Nossa intenção é decidir uma estratégia na cooperação jurídica internacional entre os países no combate aos crimes cibernéticos, mas também fechar um posicionamento do bloco para a negociação da convenção da ONU, em janeiro”, concluiu.