Camara municipal de foz do iguaçu

Em visita à área rural, crianças conhecem a origem dos produtos da merenda escolar

Alunos do 1º ano da Escola Municipal Cândido Portinari aprenderam sobre os processos de cultivo e colheita dos produtos da agricultura familiar

Alunos das turmas de 1º ano da Escola Municipal Cândido Portinari tiveram uma tarde diferente no último dia 24. A convite da Secretaria Municipal da Educação, eles visitaram a Associação Madre Terra, no Remanso Grande, para conhecer a origem dos produtos que integram a merenda escolar.

A Madre Terra faz parte da Cooperativa da Agricultura Familiar de Foz do Iguaçu (COAFOZ), credenciada pelo município para o fornecimento de gêneros alimentícios para as unidades de ensino. Ao todo, 196 pequenos agricultores estão associados na cooperativa.

A visita, guiada pelas professoras e acompanhada pelas nutricionistas da Divisão de Alimentação Escolar, foi marcada pela empolgação das crianças. A maioria delas estava em uma horta pela primeira vez. “Isso aqui parece uma fazenda de tão grande, mas ao invés dos bichos tem as comidas da merenda”, comentou a pequena Esther, de 7 anos.

As amigas Maria e Kauana ficaram maravilhadas com o tamanho da alface, da couve e do repolho. “A gente nunca tinha vindo num lugar como esse e está sendo muito legal. É tudo o que a gente come na escola, mas estamos vendo de outro jeito”, disse Maria.

O passeio também foi acompanhado pelos agricultores Neldo Luiz Bruxel e Laura do Nascimento. Eles explicaram todo o processo do sistema agrícola, do plantio à colheita. “Tudo o que vocês comem lá na escola é produzido aqui, mas antes de se tornar um alimento, ele é uma sementinha, que nós plantamos e cuidamos até chegar pra vocês”, explicou Neldo às crianças.

A visita à propriedade rural também integra o projeto político pedagógico (PPP) da escola, que trabalha temas como meio ambiente e alimentação saudável em sala de aula. “Esse passeio é uma forma de mostrar a importância do trabalho da agricultura familiar, de onde vem o alimento que eles consomem, além de integrar ao PPP da escola, onde os professores trabalham os temas e eles assimilam melhor os conteúdos”, explicou a nutricionista da Divisão de Alimentação Escolar, Aline Christmann.

Produção

Na área de 33 hectares da Madre Terra, são produzidos diversos tipos de alface, couve, beterraba, almeirão, rúcula, salsinha, cebolinha, coentro além sal temperado e da mandioca, que também são fornecidos às unidades de ensino. O agricultor também dará início à produção de pitaya e de banana, para ampliar a oferta de produtos.

Segundo ele, 60% da renda familiar vêm da Alimentação Escolar, ou seja, dos produtos fornecidos à Educação. “A merenda é o que dá estabilidade pra gente e é por isso que estamos apostando em novas variedades como a pitaya, que entrou no cardápio dos alunos este ano. Fazemos o repasse de alimentos para empresas e instituições, mas o que garante a maior renda é mesmo com a prefeitura”, garantiu Neldo.

Investimentos

Este ano e ano que vem, o Município vai investir até R$ 7,1 milhões na compra dos produtos, dentre frutas, verduras, legumes, itens lácteos, panificados e peixes, que serão destinados as 50 escolas, 45 Cmeis (Centros Municipais de Educação Infanil), 6 Centros de Convivência Escola Bairro e 9 entidades conveniadas.

A previsão da Secretaria Municipal da Educação é adquirir 900 toneladas de alimentos, sendo 12 de produtos orgânicos pelo período de 12 meses. O valor do contrato é 35% maior na comparação com o ano passado, quando foram investidos R$ 5,2 milhões na aquisição dos gêneros alimentícios. São produzidas, em média, 50 mil refeições por dia na Rede Municipal.

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