Descubra a rotina do Parque das Aves para cuidar dos animais no inverno
Com a chegada das baixas temperaturas, a rotina dos animais sob os nossos cuidados especiais com a alimentação e temperatura nos viveiros.
Quem conhece a região de Foz do Iguaçu sabe que a amplitude térmica supera 40 graus no verão e vai abaixo de zero no inverno. Por isso, é preciso monitorar a temperatura dos ambientes onde ficam os animais de forma constante. Por conta disso, a equipe técnica do Parque das Aves usa dois equipamentos: os termohigrômetros, que são fixos nos recintos, e os termômetros digitais infravermelhos, que permitem conferir a temperatura em diversos pontos, de forma rápida e à distância.
No inverno também é colocado cortinas plásticas transparentes do lado de fora dos recintos, que permitem a passagem da luz do sol, ao mesmo tempo que agem como barreiras contra o vento.
Alimentação – De acordo com diretora técnica do parque das Aves, Paloma Bosso, a equipe técnica tem um plano especial de preparação para o inverno, que inclui a mudança de dieta para os animais. Por exemplo, a médica veterinária conta que é necessário fazer um reforço na alimentação das aves. Afinal, elas são animais endotérmicos – ou seja, que precisam manter a temperatura corpórea, gastando mais energia! Assim, a alimentação extra consegue repor essas calorias.
Dessa forma, um pouco antes da entrada do inverno, a Divisão de Nutrição Animal, chefiada pelo zootecnista Henrique Tavares, aumenta a oferta de alimentos calóricos, que favorecem uma melhor condição corpórea, facilitando a regulação térmica dos animais.
Cuidados com os répteis
Ao contrário das aves e dos mamíferos, répteis não controlam a temperatura do corpo, dependendo diretamente da temperatura do ambiente. Por isso, se ficar muito frio (e eles não tiverem um local adequado e quentinho para se abrigarem), podem sofrer de hipotermia. Dessa forma, o Parque das Aves trata essa questão com muita seriedade e as serpentes, jabutis e iguanas recebem abrigos com lâmpadas aquecedoras, além de aquecimento no piso e no tanque de água. Os jacarés e os tigres-d’água (parentes de água-doce das tartarugas), ganham mais itens que podem usar como substrato, como feno, folhas secas e casca de pinus.
Texto: Silvana Canal MKT com assessoria
Fotos: Parque das Aves