Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu se alia ao trabalho de proteção aos grandes felinos do Parque Nacional do Iguaçu

Colaboradores participaram de treinamento com o Projeto Onças do Iguaçu para aprenderem como agir ao encontrarem os animais que vivem nas matas ao redor do terminal.

Localizado ao lado de uma das maiores reservas de Mata Atlântica do Brasil, o Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, administrado pela CCR Aeroportos, assumiu o compromisso de contribuir com a preservação da fauna nativa da região. Na quarta-feira (24), colaboradores do terminal participaram de um treinamento ministrado pelo Projeto Onças do Iguaçu, sobre atitudes e comportamentos ao encontrar grandes felinos.

Conforme explicou o gerente do Aeroporto de Foz, Wander Melo Junior, a palestra contribuiu para que fosse possível entender o comportamento dos animais e maneiras de seguir com uma convivência harmoniosa.

“Estamos próximos ao hábitat desses felinos que enriquecem a nossa região. Temos equipes em rondas diárias pelas áreas do aeroporto, ou seja, em algum momento eles podem avistar um desses animais e precisam ter em mente o que fazer e também diferenciar cada espécie”, afirmou Wander.

Na mata do Parque Nacional do Iguaçu vivem diversos grandes mamíferos, como o gato-do-mato, jaguatiricas e, principalmente, as onças-pintadas e onças-pardas – a estimativa realizada pelo censo em 2020 mostrou que aproximadamente 25 animais estão no território preservado e são diariamente monitorados.

Conhecer para proteger

Segundo Yara Barros, coordenadora executiva do Projeto Onças do Iguaçu, cada animal possui um padrão único de pintas, o que torna possível identificá-los. A bióloga frisou ainda que a possibilidade de ataque a seres humanos é muito baixa, respeitando-se procedimentos de segurança.

“Em um primeiro momento, quase todos que avistam um felino pintado acreditam estar diante de uma onça-pintada. Nem sempre se trata desse animal, porém, independentemente da espécie, existem técnicas que ajudam a tornar um possível encontro mais seguro, como: fazer barulho par espantá-lo; se afastar lentamente e sem dar as costas, não o encarar e, claro, não se aproximar para tentar fazer uma foto”, detalhou.

Yara pontua ainda que disseminar conhecimento sobre as onças-pintadas e seus hábitos, bem como dicas de segurança, contribui para que mais pessoas percam o medo e se conectem aos felinos. Vale ressaltar que a onça-pintada está criticamente ameaçada de extinção na Mata Atlântica.

“O nosso trabalho é mudar o sentimento de medo para admiração. Esses animais não irão prejudicar as pessoas, desde que possam viver tranquilamente em seus hábitats preservados e com alimentação. Por isso precisamos, juntos, trabalhar para que essa espécie possa continuar a se recuperar na nossa região”, completou Barros.

“Podemos, sim, coexistir em um ambiente e isso ser positivo para onças e pessoas. Os animais precisam ficar seguros e protegidos, por isso, enquanto colaboradores da CCR Aeroportos e moradores dessa região, temos um compromisso com toda essa iniciativa”, finalizou o gerente do Aeroporto.

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