O apagão na mão de obra da hotelaria tem solução?

Gunnar Georgi*

Os hotéis voltaram a operação, mas a mão de obra, não!

A realidade do apagão de mão de obra no segmento hoteleiro é algo que impacta os empreendimentos de um modo geral e em um momento que a hotelaria, obrigatoriamente precisa muito cuidar de seus custos e buscar incessantemente oportunidades de racionalizar seus processos sem perder a qualidade de seus serviços.

Com a perspectiva desse cenário de escassez de profissionais de hotelaria não mudar tão cedo, os hotéis precisam se preparar internamente para enfrentar esse desafio de rapidamente qualificar seu pessoal vindo de outros mercados.

O caminho mais fácil e ágil para profissionalizar essa mão de obra, passa por três horizontes importantes: treinamento efetivo das equipes, adoção de políticas de retenção de mão de obra e engajamento desses profissionais com a realidade dos meios de hospedagem. É fundamental que esses tópicos caminhem juntos e de forma incisiva dentro das operações dos hotéis.

Treinamento, capacitação, qualificação, ações que tragam conteúdo vivencial e que tenham impacto direto nessa mão de obra; num primeiro momento os treinamentos internos, realizados pelos próprios hotéis, podem ter um alcance rápido e um efeito imediato. Contar com profissionais externos para abordarem  temas específicos também é indispensável, haja visto o nível de resultados que terceiros conseguem em capacitações de pessoal; investir em posições chaves, enviando os profissionais para realização de cursos fora das unidades hoteleiras, também é muito salutar e costuma trazer fortes resultados em relação a know-how adquirido.

Políticas de retenção de mão de obra, vem tendo seu devido valor no meio hoteleiro nos últimos anos; equipes fortes e dinâmicas se constroem com a composição de profissionais preparados e com perspectiva de crescimento e aperfeiçoamento dentro das empresas. Essas políticas precisam estar muito claras para todos os quadros dos hotéis e serem cumpridas à risca, diante do que se propõem. A contrapartida vem com profissionais se sentindo valorizados e cuidados.

Engajamento é um ponto estratégico para o hotel trabalhar com as equipes; profissionais dedicados e empenhados, buscando resultados que refletem positivamente nos produtos e serviços ofertados aos hóspedes, é diferencial competitivo ímpar para qualquer negócio. Ponto crucial para ter esse engajamento é trabalhar o envolvimento dos funcionários com os objetivos e metas dos empreendimentos. Quanto maior for a participação de todos nas ações para que as metas sejam alcançadas, maior é o engajamento.

Esse desafio da mão de obra precisa ser enfrentado de forma eminente; quem sair na frente nesse direcionamento, colhe bons frutos para operação em curto prazo!

Gunnar Georgi* Especialista em Gestão Hoteleira e de Serviços – Consultoria e Projetos na IHEC – Instituto de Hospitalidade e Educação Corporativa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *