Usina de Itaipu substitui sistemas de proteção de transformadores

A Itaipu deu início, no último dia 15, a uma série de energizações que irão ocorrer para os autotransformadores-reguladores T1/R1, T2/R2, T3/R3, T4/R4 e transformadores de potência T6 e T7 ao longo de 2021 e até meados de 2022. O processo começou pelo conjunto T3/R3, que acaba de receber um novo sistema de proteção. O projeto envolve as diretorias Técnica (Manutenção, Operação, Obras e Engenharia) e Financeira.

Essas energizações fazem parte do contrato assinado com a empresa Schweitzer Engineering Laboratories (SEL) para substituição dos sistemas de proteção desses equipamentos. Os sistemas atuais foram adquiridos e instalados na época da construção da usina, na década de 1980. A tecnologia empregada era a mais moderna disponível na época, mas hoje está ultrapassada e a fabricação dos relés de proteção foi descontinuada pelo fabricante. Segundo o engenheiro Gabriel Ribeiro, da Divisão de Engenharia de Manutenção Eletrônica (SMIN.DT), não é mais possível adquirir peças sobressalentes ou de reposição para os relés, que estão chegando ao final de sua vida útil, o que representa um desafio para a gestão dos ativos de Itaipu. 

Assim, a Itaipu decidiu modernizar esses sistemas de proteção, supervisão e controle para garantir seus índices de disponibilidade e manter a confiabilidade do sistema elétrico, assegurando a continuidade no fornecimento de energia ao Paraguai. Os autotransformadores-reguladores T5-R5 e TX-RX já possuem sistemas de proteção modernos, pois foram instalados mais recentemente. O contrato com a SEL, firmado em 2018, envolve a elaboração de projeto, ensaios, lançamento de cabos, montagem e supervisão do comissionamento.

Para substituição dos sistemas de proteção dos transformadores, a contratada elaborou um cronograma de trabalho que, após aprovado pela Itaipu, foi encaminhado para a apreciação da Administração Nacional de Eletricidade (Ande), do Paraguai. A Ande, autarquia equivalente à Eletrobras no Brasil, é também a operadora nacional do sistema elétrico. Assim, cabe a ela desenvolver uma série de estudos e ações para gerenciar as diferentes fontes de energia elétrica, além das redes de transmissão e distribuição, de forma a garantir a segurança no suprimento energético em todo o país. Segundo o engenheiro José Chiaradia, da Divisão de Engenheira Eletromecânica (ENEE.DT), na substituição dos sistemas de proteção dos transformadores, é necessário que o equipamento permaneça desligado durante a realização das atividades para garantir a segurança da equipe de trabalho, a integridade do equipamento e a confiabilidade do sistema elétrico.

Nessas atividades, são considerados, ainda, protocolos de segurança sanitária, em função da pandemia de covid-19.  Como os autotransformadores são imprescindíveis para o fornecimento de energia elétrica ao Paraguai, a substituição do sistema de proteção desses equipamentos só é permitida ou viável nos períodos de baixa demanda, em que apenas um conjunto autotransformador-regulador pode permanecer desligado e, assim, manter o critério de confiabilidade do sistema elétrico. A medida também evita eventos como interrupções no fornecimento de energia aos consumidores, sobrecargas nos demais equipamentos e instalações, perda de estabilidade e violação dos níveis de tensão e frequência. No próximo dia 5 de setembro, está programado o desligamento do transformador T6 para substituição de seu sistema de proteção.

E Itaipu demonstrará, uma vez mais, como um trabalho multidisciplinar realizado com a sinergia da área técnica alcançará, com sucesso, outro feito para melhorar seus índices de disponibilidade e manter a confiabilidade e continuidade no fornecimento de energia elétrica ao Paraguai.

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