Codefoz e ACIFI rejeitam mudança no nome da Ponte da Integração
A nomenclatura, que já está na pedra fundamental da obra, é a que melhor simboliza a união e o entendimento entre os povos da fronteira.
O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codefoz) e a Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu (ACIFI) emitiram nota em que expressam posição contrária à mudança de nome da Ponte Internacional da Integração Brasil-Paraguai. Para ambos, a nomenclatura é a que melhor simboliza a união e o entendimento da comunidade da região das Três Fronteiras.
Em trâmite no Congresso Nacional, o Projeto de Lei 1.984/21, do deputado Evandro Roman (Patriota-PR), propõe denominar a via como “Ponte Jaime Lerner”. A proposição do deputado federal, que tem base eleitoral em Cascavel, não foi discutida com representantes das instituições públicas ou privadas de Foz do Iguaçu.
Para o Codefoz, a opção mais adequada é o nome de Ponte da Integração, ressaltando que o empreendimento e suas obras complementares fomentarão o desenvolvimento e a conexão das cidades localizadas na fronteira. “Trata-se da nomenclatura que melhor traduz o sentimento de união e de pertencimento dos povos da região trinacional”, frisa a nota.
O conselho destaca que a ligação internacional entre Foz do Iguaçu e Puerto Franco abrirá um novo estágio de desenvolvimento na região. “Representa cooperação, diálogo e entendimento entre os povos e nações, aproximando ainda mais o já conectado ambiente social, econômico e cultural das Três Fronteiras”, enfatiza a nota do Codefoz.
Em seu posicionamento, a ACIFI resgata o forte significado simbólico do nome e o histórico relacionamento de cooperação e diálogo entre os países. “Uma relação harmônica que ganhou força com a Ponte Internacional da Amizade e posteriormente foi aprofundada com a construção da Itaipu Binacional”, reitera a associação.
NOTA DO CODEFOZ
O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz) defende a manutenção do nome atual da Ponte da Integração para designar a segunda via binacional entre o Brasil e o Paraguai. A entidade rejeita qualquer proposição tardiamente apresentada e sem a concordância das instituições e moradores da fronteira.
A ligação internacional estabelecida por meio das cidades de Foz do Iguaçu e Puerto Franco é uma conquista histórica que inaugura um novo estágio de desenvolvimento na região. Representa cooperação, diálogo e entendimento entre os povos e nações, aproximando ainda mais o já conectado ambiente social, econômico e cultural das Três Fronteiras.
A nova ponte e a via perimetral que integra as obras complementares favorecerão o transporte de cargas e o comércio internacional, e irão consolidar a região como hub logístico e turístico da América do Sul. A obra ainda contribuirá para dinamizar o fluxo, facilitando o deslocamento de moradores fronteiriços do Brasil, Paraguai e Argentina.
Não há, portanto, opção mais adequada do que nomear esse empreendimento de Ponte da Integração, designação gravada ainda na pedra fundamental de lançamento da obra, adotada e popularizada pela comunidade. Trata-se da nomenclatura que melhor traduz o sentimento de união e de pertencimento dos povos da região trinacional.
NOTA DA ACIFI
A ACIFI é contra a mudança do nome da Ponte da Integração, que vai conectar Foz do Iguaçu a Presidente Franco, no Paraguai. A entidade defende a manutenção do nome gravado em pedra fundamental desde maio de 2019 e que hoje representa os anseios da comunidade trinacional.
O nome escolhido para o empreendimento tem forte significado simbólico, uma vez que a obra amplia ainda mais o bom relacionamento entre o Brasil e o Paraguai. Uma relação harmônica que ganhou força com a Ponte Internacional da Amizade e posteriormente foi aprofundada com a construção da Itaipu Binacional.
A Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu rejeita a proposta que foi apresentada no Congresso Nacional sem ouvir previamente a cidade e a região. Uma preposição à revelia da comunidade e ainda de forma tardia. A ACIFI defende a manutenção do nome da Ponte da Integração em consonância com as instituições e moradores da fronteira. (Da assessoria)