Vinhos Marques de Casa Concha y Toro

Em tempos de pandemia, nada melhor que desfocar um pouco e
falar sobre um assunto bem gostoso; o vinho!

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Marques de casa Concha. Uva Carmenere 2017

Dia desses foi feito um bate papo online e a jornalista Marian Guimarães (Curitiba), foi uma das convidadas pelo enólogo Marcelo Papa. Ele é diretor técnico da Vinícola Concha Y Toro e responsável pelos vinhos Marques de Casa Concha y Toro.

Marian conta que ficou observando mais que falou, pois só tinha feras participando da live. De início Marcelo Papa fez um relato entusiasmado sobre a atual posição da vinícola agradecendo a natureza. Comentou que a colheita em 2020 foi um presente dos céus na elaboração dos vinhos da Concha Y Toro.

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Chardonnay e Carmenere, ambos 2017

Segundo o enólogo, graças ao atípico clima quente e seco que marcou a safra, adiantando a maturação das uvas. O avanço do Covid-19 chegou em um momento em que a colheita já havia sido realizada, embora, normalmente a safra não termine antes de maio. No dia 31 de março, por exemplo, a vinícola já tinha cerca de 70% das uvas colhidas. Marcelo contou que em um ano normal, tem-se cerca de 30% das uvas colhidas nos vinhedos.

Em Limarí (ao norte de Santiago), a colheita aconteceu em datas próximas à de 2019. As variedades mais importantes foram colhidas por volta dos dias 15 a 20 de fevereiro, antes da chegada do coronavírus ao Chile. Entre os desafios, as viagens foram reduzidas e medidas para reduzir o contato entre as equipes. Já no que tange à maturidade fenólica, esta foi bem avançada e bastante alinhada com a maturidade alcoólica.
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“Estamos muito felizes com a qualidade alcançada e podemos dizer que esta colheita será melhor que a de 2019, principalmente em Limarí e Maipo. O mais difícil de tudo foi o cuidado e a preocupação com as pessoas e saber tomar as decisões certas para proteger a saúde de todos. Não tenho dúvidas de que, com tudo isso, tiraremos muitas lições, técnicas e humanas”, disse Marcelo Papa, lembrando que a empresa tomou todas as precauções para proteger funcionários e a continuidade das operações.

Além dos cuidados nas vinícolas, foram realizadas medidas de higienização preventivas nas instalações, fornecimento de equipamentos de proteção e recursos para os trabalhadores, salvaguardas especiais para grupos de risco, planos de trabalho online e flexibilidade de mão-de-obra. E todos mantiveram-se muito atentos às indicações do governo e da Organização Mundial da Saúde. Devido ao fato de a maioria das vinícolas da Concha Y Toro estar longe das grandes cidades, o risco de contaminação foi menor, já que o vírus se propaga mais nitidamente nos grandes centros urbanos.

Sobre as regiões e vinhedos que se destacaram, o enólogo sinaliza o Norte, especificamente o vale de Limarí, onde o clima mostrou-se muito semelhante à safra 2018, em termos de radiação solar, luminosidade e temperatura, ano aliás, com características notáveis. Limarí, portanto, se destacou produzindo ótimos Chardonnay e Pinot Noir.

Na zona central, vale do Maipo, berço dos Cabernet Sauvignon, notou-se também um desenvolvimento precoce das vinhas. Em geral, a colheita é concluída em meados de maio, mas este ano foi quase um mês antes. No vale do Rapel, as Carmenéres também apontaram colheita antecipada, com o clima igualmente mais quente. No Maule, mais próximo à Cordilheira dos Andes, e mais afastado do mar, não chegou a ter uma temperatura tão quente quanto à colheita de 2017, repetindo, também a antecipação de 3 semanas, em comparação aos outros anos.

Sobre Marcelo Papa e os
vinhos Marques de Casa Concha

Super-premiado e diretor técnico da Concha Y Toro, Marcelo Papa está à frente dos vinhos Marques de Casa Concha há mais de dez anos. Foi enólogo do ano em 2004 pelo Guide to Chilean Wine, e em 2007, pela Chilean Circle of Wine Writers e Chilean Food and Wine Association. Em 2019 conquistou novamente a posição de melhor enólogo do ano pelo Chile Special Report do Tim Atkin.

Desde sua criação, Marques de Casa Concha tem sido amplamente reconhecido pela imprensa internacional e conquistado menções por 5 vezes na lista dos 100 melhores vinhos do mundo pela Wine Spectator. São vinhos fiéis à expressão de origem e variedade, e que representam a diversidade de terroirs do Chile.

Experimentar novas técnicas de vinificação e manter o espírito inovador da marca, somando-se à habilidade de dar aos vinhos personalidade e sentido de origem, é o que move o enólogo Marcelo Papa a criar rótulos excepcionais, e o que faz dele um dos profissionais mais reconhecidos e respeitados do Chile. (Com assessoria)

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