Sou formado na faculdade da vida
Francisco Amarilla Barreto é um paraguaio que vive há anos em Foz do Iguaçu, mas nasceu em Itapé, Departamento (Estado) de Guaíra/PY. É casado, tem três filhos e duas netas. Amarilla, como todos conhecem, disse não ter formação acadêmica, mas dá um super aulão sobre fauna, flora, geologia. Faz expedições de bicicleta, pedala pela cidade, faz trilhas, descobriu cachoeiras, trabalha com tribos indígenas e brincar com a netas.
“Não tenho formação superior, mas frequento a ‘Faculdade da Vida’. O Interesse pela fauna e flora vem de berço. Meu finado pai, Juan Fermin Amarilla, já era um ambientalista nas três fronteiras. Com muito esforço desenvolvi uma pesquisa durante 17 anos e consegui catalogar 33 cachoeiras urbanas. Esse duro trabalho solitário, acabou virando o livro As belezas escondidas de Foz – As cachoeiras.
Também trabalho com as comunidades indígenas das três fronteiras: Guarani, Caiganges, Aches, Makã e etc. Pude ver de perto que muitos indígenas perderam suas terras e, de verdadeiros donos, se tornaram praticamente do MST.
Pesquisas
A paixão por pesquisas tem me levado em lugares difíceis acessos, algumas podem ser consideradas aventuras. Durante as andanças, querendo pegar bom ângulo para foto, já despenquei num barranco alto, mas levei só uns arranhões. Em outra oportunidade fui atacado por abelhas selvagem levando picadas pelo corpo todo. Esses e outros contratempos que me aconteceram nas minhas expedições, só me deu experiência.
Durante esses anos todos, pude constatar que a região de Foz do Iguaçu tem muitas riquezas. Tem lugares maravilhosos que ainda ninguém conhece. Um exemplo são as cachoeiras. A região tem tudo pra ser melhor, mas por falta de interesse ou por ausência de conhecimento, não se estrutura ou se divulga.
Minha vitória
Como todo imigrante, quando saí do meu país e cheguei ao Brasil, tive que me adaptar com o idioma, cultura, alimentação, enfim, precisei conquistar um novo território. Porém posso dizer que, sou um vitorioso porque humildemente consegui conquistar um novo horizonte.
Também gosto muito de escrever sobre o que pesquiso, as descobertas e o que encontrei nas minhas andanças pelas matas que a cidade possui e ninguém, nunca visitou.
Paixão por bike
O uso da bicicleta é pela minha saúde e pensando no bem estar do nosso planeta. Em minha opinião ela é a melhor meio de transporte pra quem gosta de tirar fotos de aventura. Andar de bike te proporciona o que outros veículos não oferecem, além de te aproximar mais das pessoas. Já fiz várias expedições de bike pelo Paraguai, Argentina e pelo Brasil.
Ando muito de bicicleta. Vou por lugares incomuns, pois quero mostrar um pouco mais da riqueza que a região possui e nesse caminhar, nunca me esqueço de ir acompanhado por Deus, nosso pai maior.
Turismo
Sou amante ecoturismo e gosto de estar em contato com as pessoas. Fazer trilhas, entrar em cachoeiras, tirar fotos, conhecer comunidades indígenas, conhecer povoados e outras nacionalidades, sempre é um aprendizado. Com isso passei a conhecer pessoas de vários pontos do planeta. Considero isso como privilégio.
Família
Eu tenho muitas paixões, como a minha família, por exemplo, que me apoia e me acompanha nas minhas pesquisas e aventuras.
Casei no Paraguai com uma brasileira de Rolândia/Paraná, a Magrith Norma Grosskreutz e estamos juntos há 36 anos. Temos três filhos; uma menina e dois rapazes: Helton, Djotanan e Emelly. Todos Grosskreutz Amarilla e nascidos em Maringá/Pr. Também temos netas gêmeas iguaçuenses; a Alessa e Alana Cavalier Amarilla”.
“Com tudo isso me sinto um eterno aluno. Vivendo e aprendendo sempre pra poder repassar a outros”.
Legendas
1ª Os três últimos vivos dos 15 irmãos: Teresa, Francisco e Patrício/2016.
2ª Irmãos: Da esquerda pra direita.Teresa, Matilde, Francisco Amarilla Barreto e a sobrinha Alba Luz Amarilla.
3ª Família. Amarilla encima da bicicleta/1960.
4ª Amarilla em Maringá Paraná em 1972.
5ª Pais Juan Fermin Amarilla e Dona Brígida Barreto em 1972