Ser avó é retornar à infância, em viagem de primeira classe!

Essa frase eu li em algum lugar na internet, mas guardei, pois é exatamente assim que me sinto.

Desde que meu neto Luigi Sousa nasceu, venho experimentando diferentes sentimentos, emoções e alegrias. Ele chegou de repente, sem avisar, causando muita correria, choradeira e preocupação, mas no decorrer do tempo, fomos nos adaptando e curtindo cada momento, cada choro, olhar, expressão ou sorriso.

Ser vó do primeiro neto (único por enquanto) desencadeia uma onda de emoções e passamos a ser mais complacentes, aprendemos a admirar e observar o que esse serzinho faz, e aos poucos vão preenchendo nossos dias.

Lembro-me que, quando bebê, ele parava de chorar quando a gente colocava um vídeo de banda de Rock’n Roll. Logo ele fixava os olhinhos na TV e ficavam por algum tempo ali assistindo. Que Galinha Pitadinha, que nada!!!

No segundo ano de vida, já fomos dando bateria, depois veio um violão, flauta, gaita de boca….e quem sabe o que ainda virá.

Hoje, com 6 anos e com a tecnologia e aparelhos à disposição, o Luigi, praticamente, passou a ser meu professor em baixar e “desabaixar” (assim ele define) os aplicativos ou procurar filmes nos canais pela internet. “Vovó, espera, vou te ensinar”, quase morro!!!

Uma coisa ele herdou de mim, a facilidade em se comunicar, se expressar e fazer amizades. O Luigi é do tipo que já chega chegando e vai conquistando espaço e a atenção de quem está por perto. Fazer amizade com outras crianças é na contagem, nunca passa dos 30 segundo, seja lá onde for.

Mas aí vem o outro lado. Nós, os adultos, temos que ter uma energia extra para poder acompanhar a disposição dele. Professores tiveram que buscar técnicas para acalmá-lo, pelo menos durante a aula. Minha mãe, a bisa, teve que se adequar, os priminhos, que estão quase na mesma faixa etária, se somam a ele e nos deixam malucos ….e assim vamos vivendo dias lindos, cheio e agitados.

Eu quis contar essa historinha porque esse, sem sombra de dúvida, foi o maior acontecimento da minha vida, depois do nascimento das minhas filhas, é claro. Também dizer para as mulheres que ainda não vivem essa experiência, ser vó, é viajar de primeira classe, é sonhar com o sorriso do neto, esperar ansiosa o abraço apertado e ouvi-lo chamando…..vóóóó!!!