Paraguaios querem Ciudad del Este entre maiores do mundo
O tema foi discutido no Festival de Turismo |
Para se tornar uma “cidade shopping” e voltar a ser o terceiro maior centro de compras do mundo, como era nos anos 1990, Ciudad del Este depende não apenas da ação de empresários e do poder público do Paraguai, como do apoio do Brasil.
E é em busca desse apoio e de mais divulgação positiva que empresários de Ciudad del Este participam, pela primeira vez, do 7° Festival de Turismo das Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu.
“Turismo é status; e o turismo de compras em Ciudad del Este, apesar de todas as mudanças positivas, ainda precisa ser trabalhado”, afirma o secretário estadual de Turismo, Faisal Saleh, em entrevista coletiva na abertura da 1ª Feira Internacional do Turismo de Compras do Iguassu – Feturcom, evento paralelo ao festival de turismo, que foi aberto na quarta-feira no Rafain Palace Hotel.
O empresário Hammoud Charif, dono de várias lojas no Paraguai, entre elas a Monalisa, que existe há 40 anos, e representante do Centro de Importação e Comércio do Alto Paraná, diz que os comerciantes paraguaios sempre lutaram para haver esta união com os brasileiros e argentinos, para vender o Destino Iguaçu como “três em um”.
“Aqui é um dos poucos, senão único, lugar no mundo onde se pode tomar café da manhã num país, almoçar em outro e jantar no terceiro”, explica.
Na opinião do secretário municipal de Turismo, Felipe González, os comerciantes paraguaios, por meio de suas associações, devem trabalhar em conjunto com a Gestão Integrada do Turismo de Foz do Iguaçu, como faz a Argentina.
“Vamos reforçar a venda do Destino Iguaçu de forma integrada, com as maravilhas de Foz e de Puerto Iguazú – nossos parques, o complexo turístico Itaipu, os rios e o lago. Vamos vender nossa Las Vegas, os cassinos; e nossa Miami, Ciudad del Este, que não perde nada em termos de qualidade dos
Compre um e leve três
Hoje, é a classe média brasileira que frequenta as lojas da cidade vizinha, e não mais sacoleiros e muambeiros como antigamente.
Mas ele brinca: “É claro que quem compra um Rolex por cinco dólares sabe o que está comprando. Isso existe aqui, em Paris, em Nova York e em todos os lugares”.
Marginalidade e descaminho “sempre vão existir”, afirma Faisal Saleh, e isso é um problema para as forças de segurança. A grande questão, para o Destino Iguaçu, é que não seja esta a imagem que prevaleça, mas haja contrapontos favoráveis, como ocorreu recentemente com a eleição das Cataratas do Iguaçu entre as sete maravilhas mundiais da natureza.