DIÁRIO DE BORDO

Uma Viagem para refletir
Resolvi fazer o que mais gosto: viajar. Como adoro o calor e não estava mais suportando tanta chuva e frio de Foz, vim para o nordeste, onde tenho minha filha mais velha morando e muitos amigos.
A cidade e a estátua de Indiaroba
Sai de Foz do Iguaçu no dia primeiro de junho, deixei minha bagagem na Praia do Forte, em Salvador e vim conhecer a cidade de Aracaju-SE. Como gosto muito de observar e fiquei três horas em São Paulo para a conexão, encontrei um aeroporto super movimentada, sem manutenção e muitas coisas quebradas, como foi o caso dos acentos nas salas de embarque, banheiros com infiltrações e extremamente desgastados.
Observei turistas estrangeiros dormindo nos acentos ou deitados no chão para descansar e ler. Uma das coisas que me chamou a atenção foi quando o ex-jogador de futebol Roberto Carlos chegou à sala de embarque número 15. Pessoas com um pouco mais de idade o reconheceram e comentaram.
– Olha, é Roberto Carlos!
– O filho ou neto perguntou.
– Quem é Roberto Carlos?
– Um jogador de futebol!
Um dos prédios antigos da região central de Aracaju
– Hummm!!!!
Como o menino nem se importou, o assunto acabou e o ex-jogador foi procurar o portão de embarque.
Eu viajei Gol e pude conferir o novo uniforme da equipe de funcionários. Confesso que poderia ser melhor, mas creio que está nos conformes utilizado pelas companhias aéreas. No entanto o profissionalismo da equipe de comissário foi maravilhoso. Nesta viagem, e que já foram muitas, tive a oportunidade de presenciar o tratamento dado a duas meninas menores de 10 anos, que viajavam sozinhas e com uma idosa que tinha problemas de saúde, portanto, sofria com a respiração. Todas as aeromoças desempenharam um papel exemplar.
Jogo Brasil x Colômbia no condomínio de Albertina e Deise
Voltando a Aracaju, estou encantada com a receptividade e beleza de Aracaju. Uma cidade limpa, bonita e estruturalmente falando, organizada. Na capital sergipana conheço um grupo de amigas, que algumas já visitaram Foz e agora esse número aumentou, pois fui assistir ao jogo entre Brasil e Colômbia, no condomínio de uma, fui numa mega festa de forró no condomínio de outra. Bom, esse é assunto para o próximo post.
Já o trânsito de Aracaju é de tirar qualquer um do sério. Se o policiamento de Aracaju fosse como o de Foz, o governo iria encher as burras de dinheiro, através de milhares de multas diariamente. Brincadeiras a parte, confesso que fiquei perplexa. Mas por outro lado, mesmo em dia de jogo da Copa do Mundo e no sábado, a equipe de limpeza da cidade funcionou até o limite de tempo. Achei isso bem bacana e compreendi porque a cidade é tão limpa.
Café da manhã: tapioca, leite de coco transformados 

Circulei muito dentro de Aracaju e conheci vários lugares, ruas e monumentos. Um dos lugares, e que sempre me chama atenção em todos que conheço, foi o mercado municipal. Além de lindo, la se conhece a história de Aracaju através das pessoas, dos artesanatos, das comidas e das arquiteturas. 
Trajeto entre Praia do Forte e Aracaju
As duas cidades ficam distantes aproximadamente 230 quilômetros e vim de ‘lá prá cá’ com um casal que conheci no dia da viagem: Derek e Juliana, que são sobrinhos de Solange, uma das minhas amigas de Aracaju. 

Mercado municipal
Eles foram verdadeiros guias. Me mostraram vários lugares, falaram sobre a vegetação, sobre a economia, falamos sobre a política do País, sobre a Copa do Mundo, e por finam sobre comer, se alimentar, degustar as delicias do nordeste. Aliás, preciso informar, que comer é a segunda coisa que mais gosto de fazer. Ou é a primeira? Bom isso não importa, pois faço as duas e muito bem.
Mas quero falar de uma micro-cidade que chama-se Indiaroba. Paramos lá e fomos ver um mega rio onde os pescadores tiram seu sustento, a vila toda decorada, pois mês de junho é mês de forró e São João, aliados com Copa do Mundo.
Na Crôa de Goré com as amigas
Indiaroba, em tupi-guarani significa ‘óleo amargo’, é uma pequena cidade de Sergipe, que possui cerca de 18 mil habitantes e faz fronteira com a Bahia. No caminho, também pude perceber que a região possui muitos rios, inclusive, pude ver de longe, o Mangue Seco, onde foi filmado Tieta do Agreste.
Como não tirei fotos ainda, vou pegar algumas do Google para vocês  conferirem o que estou falando.
Frutas do Nordeste
Parcial da Crôa do Goré
Descobri também que a região é muito rica na alimentação e possui muitas frutas que eu não conhecia. Já tinha ouvido falar de algumas, mas não conhecia, como é o caso de mangaba, cajarana, atimóia, jenipapo, adicuri, sapoti e para minha surpresa, comi, e muito, amendoim cozido na casca. Isso pra acompanhar uma cervejinha, é espetacular.
Ainda aprendia a fazer pirão de leite e no café da manhã, comi biju, malcasado e pé de moleque. Todos esses são feitos de tapioca e o pé de moleque é feito com açúcar, leite de coco e mandioca ‘podre’, enrolado na folha de bananeira.
Crôa de Goré
Stand up: delícia
Também fui conhecer um dos atrativos de Aracaju, Crôa de Goré. Apesar de um pouco estranho, o nome tem um significado interessante: “Crôa”, na verdade, é um banco de areia visível quando a maré está baixa. Já no caso do famoso goré, trata-se daquele caranguejo que se esconde na terra cavando com as patas.
Foi nesse lugar que passei uma das tardes relaxadas em Aracaju, na companhia de Ligia, Solange, Kekéu e Liginha. O local oferece passeio de jet ski, stand up, tem um bar com um cardápio de petiscos, lanches e bebidas bem variados e só se chega por lá de barco ou catamarã. O local é cercado de mangue, que ainda tem muito carangueijo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *