Evento em São Paulo une lideranças para combater a LGBTI+fobia
Accor e Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+ promovem encontro com CEOs, especialistas e autoridades para discutir diversidade, equidade e hospitalidade como ferramenta de transformação social
Na véspera do Dia Internacional de Combate à LGBTI+fobia, celebrado em 17 de maio, São Paulo foi palco de um encontro inspirador que reuniu representantes do setor privado, autoridades públicas e ativistas em torno de uma causa urgente: erradicar a discriminação contra pessoas LGBTI+ e construir ambientes mais seguros, diversos e acolhedores.
Promovido pela Accor, líder global em hospitalidade, em parceria com o Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+, o evento “Juntos Pela Erradicação da LGBTI+fobia” aconteceu nesta sexta-feira (16), com mediação vibrante da TchaKa Drag Queen. A programação foi marcada por reflexões profundas sobre os limites do que já não pode mais ser tolerado, os desafios enfrentados no mercado de trabalho e o papel da hospitalidade como ferramenta de inclusão. “Entendemos que acolher e respeitar as diferenças é essencial para criar experiências memoráveis e ambientes seguros, tanto para os nossos clientes quanto para os nossos colaboradores. Afinal, hospitalidade é sobre pessoas”, destacou Antonietta Varlese, Vice-Presidente Sênior de Sustentabilidade e Comunicação da Accor Américas. “Estamos comprometidos com a valorização da diversidade e os direitos humanos da comunidade LGBTI+.”
Na abertura do painel com CEOs — intitulado “Vamos mudar o que não podemos mais tolerar” — Reinaldo Bulgarelli, secretário-executivo do Fórum LGBTI+, destacou a urgência da pauta: “Este evento nos permite trabalhar em conjunto com nossas signatárias para promover práticas verdadeiramente inclusivas. A prática da discriminação de pessoas LGBTI+ precisa ser erradicada. Podemos e devemos promover um ambiente seguro e saudável para todes.”
A conversa foi conduzida por Caio Magri, Presidente do Instituto Ethos, e contou com a participação de nomes de peso: Thomas Dubaere, CEO da Accor Américas; Rodolfo Eschenbach, Presidente da Accenture na América Latina; Rogerio Barreira, Presidente da Divisão Brasil da Arcos Dourados; e Elayne Correa, Diretora Geral da Saint Gobain PPL.
Além dos executivos, o evento contou com a presença de representantes do poder público. Raphael Calumby, Coordenador de Políticas para a Diversidade Sexual da Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, reforçou a importância das ações de DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) no combate ao preconceito.
Já Regina Célia Silveira, Secretária Municipal dos Direitos Humanos e Cidadania da cidade de São Paulo, foi enfática ao afirmar que “é preciso ocupar os espaços nas instituições públicas e privadas com pessoas diversas, e apoiar quem está em situação de vulnerabilidade.”
A tarde seguiu com mais dois painéis. O segundo, “Eu LGBTI+ no ambiente de trabalho”, trouxe experiências de diferentes iniciativas como o Fórum de Empresas com Refugiados (Acnur), Rede Empresarial de Inclusão Social, Fórum Gerações e Futuro do Trabalho, Movimento Mulher 360, Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial, e o próprio Fórum LGBTI+.
Durante a discussão, os participantes abordaram os impactos das lideranças no combate à discriminação e os avanços necessários para políticas de inclusão mais efetivas, como a implementação de cotas para pessoas pretas e com deficiência em universidades e empresas — destacando as diferenças entre os contextos dos Estados Unidos e do Brasil.
O encerramento trouxe o painel “A arte da hospitalidade: recebendo bem viajantes LGBTI+”, com a participação de Ricardo Gomes, Presidente da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil; Cesar Ferragi, professor adjunto de Turismo na UFSCar; e Bruno Chateaubriand, jornalista e ex-ginasta. A conversa reforçou como o setor de turismo pode ser um agente transformador no acolhimento da diversidade.
O evento mostrou que, mais do que um compromisso institucional, a luta contra a LGBTI+fobia precisa ser diária, coletiva e corajosa — e que empresas, governos e sociedade civil têm papel fundamental para que todos e todas possam viver e trabalhar com dignidade e respeito.
Fonte: Assessoria ACCOR