Pescar, soltar e preservar: o crescimento da pesca esportiva no rio Paraná atrai turistas e movimenta a economia
Com o aumento do turismo e da consciência ambiental, prática sustentável ganha espaço e promete futuro mais verde para as águas do Brasil
Apesar da ameaça constante dos pescadores predadores no rio Paraná, a pesca esportiva vem ganhando força na região de Porto Camargo/PR, como uma poderosa aliada do meio ambiente e da economia local. O famoso “pesque e solte” tem atraído apaixonados por natureza e adrenalina de vários cantos do país, movimentando o turismo sustentável e gerando empregos em municípios banhados pelas águas do Paraná.
A criação do projeto “Gigantes do Paraná”, em 2021, ajudou a impulsionar essa prática, trazendo à tona a importância da conservação das espécies nativas e incentivando pescadores de outros estados a conhecerem a região. “Com a grande e urgente necessidade que temos em salvar o nosso planeta, praticar atividades sustentáveis é o primeiro passo. Isso sem contar a paixão, o carinho e a alegria que os pescadores têm com o pesque e solte, que nos torna viciados”, afirma um entusiasta da modalidade.
O Brasil já soma mais de 16 milhões de praticantes da pesca esportiva, número que cresce ano após ano. Enquanto isso, a prática predatória ainda persiste, com alguns pescadores exibindo fotos de grandes capturas como troféus nas redes sociais, sem perceber os danos irreparáveis causados ao ecossistema e à cadeia econômica regional.
Além da preservação ambiental, a pesca esportiva também se destaca pela presença crescente das mulheres. Eventos como a Pesca de Mulheres de Guaíra, realizada em março com participação de pescadoras do Sul do Brasil, Argentina e Paraguai, mostram que a paixão pelo esporte ultrapassa barreiras e reforça a importância da preservação.
“Não existem palavras para descrever o quão prazeroso é, pescar e soltar”, declara Karla Danielly, que resume um praticante, destacando que a modalidade já é o segundo esporte mais praticado no Brasil. No rio Paraná, os finais de semana estão cada vez mais movimentados por turistas e esportistas que, além de buscar lazer, querem deixar um legado positivo para a natureza.
Aos poucos, a pesca esportiva se firma não apenas como uma alternativa consciente, mas como um motor de desenvolvimento regional. Que mais pescadores troquem a ganância pelo prazer da prática sustentável — e que a fauna aquática agradeça.
Foto Legenda: Karla Danielly é uma das esportivas que pratica a modalidade.
Fonte: Portal Litoral de Água Doce
Foto: Divulgação