Itaipu participa de principal cúpula da ONU sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Fórum Político de Alto Nível terminou nessa quarta-feira (17), em Nova York, com a apresentação do Relatório Nacional Voluntário do Brasil (RNV) sobre os ODS
A Itaipu Binacional participou nessa quarta-feira (17), em Nova York, da apresentação do Relatório Nacional Voluntário do Brasil (RNV) sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O documento detalha os esforços dos setores público e privado e da sociedade civil do País para o alcance das metas da Agenda 2030 das Nações Unidas.
A apresentação foi feita pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, como parte da programação do Fórum Político de Alto Nível (HLPF, na sigla em inglês), a principal plataforma para acompanhamento e revisão da Agenda 2030. O encontro ocorreu de 8 e 17 de julho, na sede da ONU, sendo a última semana dedicada aos ministérios.
Márcio Macêdo explicou que o RNV foi elaborado pela Itaipu Binacional, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelos ministérios de Relações Exteriores e do Planejamento, sob a coordenação da Secretaria-Geral e com a contribuição de outras instituições e órgãos do governo. “Quero anunciar ao mundo que o Brasil está de volta e as políticas públicas de ODS são prioridades do governo”, afirmou.
A chefe do escritório da Itaipu em Brasília, Lígia Leite, representou a empresa nos eventos. Segundo ela, a participação da Binacional na elaboração do relatório deu-se pela sua experiência na implementação e territorialização dos 17 ODS na área de atuação prioritária da empresa.
“A Itaipu é parceira do Governo Federal e é importante que as pessoas reconheçam como nossas ações socioambientais contribuem significativamente para a Agenda 2030. Essas iniciativas não apenas melhoram nossas operações, prolongando a vida útil do reservatório e gerando energia limpa e sustentável por mais tempo, mas, fundamentalmente, promovem um Brasil mais justo e inclusivo”, afirmou.
O último RNV brasileiro é de 2017 e, até 2022, a pauta de desenvolvimento sustentável e inclusivo perdeu relevância no País. Somente a partir de 2023 é que a Agenda 2030 voltou a ganhar força, com a recriação da Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento sustentável (CNODS) e de outras instâncias políticas e de participação da sociedade civil, como o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão, e os ministérios dos Povos Indígenas, da Igualdade Racial e do Desenvolvimento Social.
O novo RNV reforça pontos da nova diretriz do Governo Federal, com a reconstrução da institucionalidade da Agenda 2030, a retomada da governança brasileira dos ODS, a integração das três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) no Plano Plurianual – único instrumento de planejamento do governo que perpassa todos os ministérios –, políticas públicas integradas, agendas transversais e a adoção do lema “Não deixar ninguém para trás”.
Líder mundial na produção de energia limpa e renovável, a Itaipu desenvolve várias ações que contribuem para a promoção dos 17 ODS. O Programa de Gestão de Resíduos, por exemplo, possibilitou o aumento médio na renda do coletor de recicláveis em 30%. No último mês, em parceria com o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) e o projeto H2Brasil, inaugurou a primeira planta-piloto do Brasil para a produção de petróleo sintético a partir de biogás, com foco na geração de combustível sustentável para aviação (SAF).
Para Lígia Leite, essas ações fortalecem o papel de Itaipu na promoção dos ODS – e a participação em eventos como o Fórum Político de Alto Nível é reflexo desse trabalho. “É muito importante para a Itaipu estar presente na principal cúpula dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, especialmente considerando nosso histórico de cooperação internacional e desenvolvimento sustentável. O Brasil está retomando seu papel de destaque no cenário global, e a Itaipu tem muito a contribuir nesse processo”, ressaltou.
Apresentação do ministro na sede da ONU. Crédito: Divulgação/Itaipu