Especialistas brasileiros se reúnem no Parque das Aves para desenvolver estratégias de conservação para duas aves ameaçadas de extinção
O evento abordará questões cruciais relacionadas à conservação da jacutinga e do mutum-do-sudeste
Especialistas, pesquisadores e interessados no estudo e manejo das populações de jacutinga (Aburria jacutinga) e mutum-do-sudeste (Crax blumenbachii) estarão reunidos de 06 a 09 de maio em uma oficina promovida pelo ICMBio e CEMAVE, com apoio do Parque das Aves, Instituto Claravis e Centro de Sobrevivência de Espécies – CSE Brasil.
“É uma grande honra receber os principais especialistas em conservação aqui no Parque das Aves, buscando estratégias a fim de melhorar o status dessas espécies que são endêmicas da Mata Atlântica, isto é, só ocorrem neste bioma”, comenta Paloma Bosso, diretora técnica do Parque das Aves.
Especialistas do Brasil e do Mundo
Com a participação de 29 especialistas presencialmente e 14 no formato remoto, a oficina será um espaço para discussões aprofundadas sobre diversas temáticas, incluindo a identificação de projetos de translocação e monitoramento de populações, estratégias e ações de conservação e manejo adaptadas às especificidades de cada espécie, além do compartilhamento de melhores práticas e experiências bem-sucedidas de manejo.
“O evento tem como objetivo principal o desenvolvimento do Programa de Manejo Populacional (PMP) dessas aves, abordando questões cruciais relacionadas à conservação, sustentabilidade e manejo responsável. Por isso a importância de contar com pesquisadores não apenas do Brasil, mas de outras regiões do mundo, compartilhando seus conhecimentos e experiências, pois a conservação não é um trabalho individual, mas em conjunto”, comenta Paloma.
A jacutinga e o mutum-do-sudeste
Aves endêmicas da Mata Atlântica, o mutum-do-sudeste e a jacutinga são espécies ameaçadas de extinção globalmente, e já consideradas extintas localmente em diversas regiões que habitavam originalmente, sendo essencial desenvolver ações integradas e eficazes para sua proteção e recuperação. A oficina representa um passo significativo na busca por soluções para a conservação dessas aves tão importantes para a manutenção dos ecossistemas e da Mata Atlântica.
“É fundamental mantermos a esperança, pois a missão do Parque das Aves é salvar espécies ameaçadas de extinção da Mata Atlântica. Mesmo diante dos obstáculos mais desafiadores, desistir não pode ser jamais uma opção, e contar com a ajuda de tantos parceiros nos motiva a seguir em frente com o nosso trabalho”, conclui Paloma.