Itaipu assina termo de cooperação com INPI para valorizar propriedade intelectual de empregados(as)
É a primeira vez que um acordo dessa natureza é feito pelo instituto com uma empresa do setor elétrico
O diretor administrativo de Itaipu Binacional, Iggor Gomes Rocha, anunciou, na manhã desta quinta-feira (25), no auditório do Centro de Recepção de Visitantes (CRV), a assinatura de um termo de cooperação entre Itaipu, Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), do Governo Federal, para a valorização de práticas de propriedade intelectual e industrial da usina e do PTI.
O anúncio foi feito um dia antes da comemoração do IP Day, evento global que ocorre anualmente no dia 26 de abril, com o objetivo de disseminar e explorar como a Propriedade Intelectual (PI) contribui na criação de soluções fundamentais para o enfrentamento dos desafios contemporâneos.
O encontro fez parte da 4ª edição dos Diálogos do Conhecimento e do evento comemorativo do Dia Mundial da Propriedade Intelectual – IP Day, da Universidade Corporativa (UC) da Itaipu.
Foi uma oportunidade para conscientizar governos, empresas, artistas e inventores sobre o papel vital que as leis de PI desempenham na proteção das invenções, marcas, direitos autorais e designs. A data serve também para destacar o papel da inovação como catalisadora da melhoria de processos, aumento da qualidade dos resultados da empresa e para o desenvolvimento sustentável. Encabeçada pela UC, a iniciativa tem o comprometimento de toda a diretoria da Itaipu.
Como vai funcionar
“Vamos receber o representante da regional Paraná do INPI, Douglas Alves Santos, durante alguns dias, para entender um pouco mais o nosso processo e nos ajudar na reestruturação da gestão do conhecimento”, explicou o diretor. Segundo ele, a ideia é, no futuro, a partir de um mapeamento e diagnóstico, patentear algumas criações.
“Quero destacar que, primeiro, isso é uma valorização, um reconhecimento interno da empresa pelo trabalho dos empregados e empregadas. E, por outro, é uma proteção dessa invenção, dessa produção intelectual”. Rocha deu como exemplo a Diretoria Técnica. “Nós temos ali pessoas que inventaram um sistema de iluminação próprio que poderia ser utilizado em outras usinas pelo Brasil.”
Antes de patentear as invenções, será feito um inventário. “Nós vamos tentar identificar em toda a empresa quais são as iniciativas que são passíveis de patentear. Nós estamos monitorando algumas, com o PTI, os frutos dos convênios da Itaipu com o parque. Já existe uma cláusula própria para que o PTI também possa fazer isso, mas, internamente na Itaipu, a gente ainda está na fase de mapeamento dessas criações”, explicou Rocha.
Segundo Douglas Alves Santos, o INPI vai auxiliar no mapeamento do quantitativo de possibilidades que a Itaipu tem e participar com treinamentos, com capacitação e com atividade de sensibilização em várias etapas.
“Muitas vezes uma pessoa inventa uma ferramenta, mas não tem a noção de que tem alguma inovação incremental ali. Então, cabe ao nosso instituto esclarecer melhor trabalhos de mentoria e tentar trazer as questões de propriedade intelectual à luz, tanto para Itaipu quanto para o PTI”, informou.
Santos ressaltou a importância desse termo de cooperação. “Pelo volume, importância e a relevância de Itaipu, não só para o Paraná, como para o Brasil, demanda realmente uma atenção do instituto”.
Cultura
Para o superintendente da Universidade Cooperativa de Itaipu (UC.GB), Ariel Scheffer da Silva, esse é um dia muito importante para a Itaipu. “É um dia comemorativo, no qual a gente traz um evento para fazer e formar cultura dentro da empresa, do setor elétrico e do nosso sistema de inovação aqui da região. Queremos com nossos parceiros, nossas universidades, nossas startups, difundir um pouco mais sobre propriedade intelectual a favor do desenvolvimento sustentável”, destacou.
Silva lembrou que a Itaipu é uma empresa que nasceu com base tecnológica, com base no conhecimento desenvolvido pela ciência. “Então, a gente pode, dentro das nossas áreas, pegar essa criatividade, esse conhecimento todo e proteger, assim como a inovação que a gente desenvolve. É um ganho para toda a sociedade”, finalizou.
O evento foi voltado para empregados e empregadas da Itaipu, Parque Tecnológico Itaipu (PTI), pesquisadores e gestores de PD&I. A abertura foi feita pelo diretor administrativo, Iggor Gomes Rocha, e o evento foi acompanhado pelo diretor Jurídico, Luiz Fernando Ferreira Delazari, e o diretor Técnico Executivo, Renato Sacramento.
O que é?
IP Day é um evento global que ocorre anualmente no dia 26 de abril, com o objetivo de disseminar e explorar como a Propriedade Intelectual (PI) incentiva, conecta e contribui na criação de soluções fundamentais para o enfrentamento dos desafios contemporâneos.
Com o tema “Propriedade Intelectual e ODS: Como construir nosso futuro comum com inovação e criatividade”, a edição deste ano visa destacar a importância da PI para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e para a construção de um futuro melhor e mais sustentável para todos.
O evento contou com as seguintes palestras: “O cenário das patentes para a transição energética e metas dos ODS”, apresentada por Douglas Alves Santos – INPI, Seção de Difusão Regional do Paraná; Apresentação de casos de proteção de propriedade intelectual no Setor de Energia; Projeto MEDICAP (Sistema diagnóstico banco de capacitores), ministrada por João Adalberto Pereira, gestor de PD&I da Copel GET; Desenvolvimento de equipamento de teste de poluição hídrica – Continuação dos casos de proteção de propriedade intelectual no setor de Energia; Projeto Capacete Copel com sensor; Resultados de Propriedade Intelectual no H2-NUPHI, por Rogério Meneghetti. Gabriela Prestes, engenheira eletricista da Copel DIS, também participou do encontro.