“Se precisar, peça ajuda”: Itaipu reforça a campanha Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio
Trabalho está sendo desenvolvido com o apoio de parceiros externos, como a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM)
A Itaipu inicia, a partir desta sexta-feira (1º), uma série de ações para difundir internamente a campanha Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio. Haverá a distribuição de diversos materiais informativos, uma palestra on-line, iluminação temática e outras atividades que, ao longo do mês, vão incentivar empregados, estagiários, aprendizes e terceirizados a refletirem sobre o tema.
O objetivo principal é estimular o esclarecimento de dúvidas e sobretudo orientar sobre como identificar situações de risco e ajudar quem precisa. O trabalho está sendo desenvolvido com o apoio de parceiros externos, como a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM).
Em 2023, o lema da campanha é “Se precisar, peça ajuda!”. A Itaipu já aderiu à campanha em outros anos, mas não com a ênfase de agora. Segundo o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, ao ajudar a disseminar o Setembro Amarelo a Itaipu fortalece a conscientização em toda a sociedade.
“Além de aprofundar a necessidade de prevenir o suicídio perante o nosso público interno, a nossa intenção é, também, fazer com que a Itaipu contribua sendo exemplo para outras empresas e a comunidade em geral no engajamento a esta campanha tão importante. Saber como agir para preservar vidas é do interesse de todos”, ressaltou Verri.
Ações na Itaipu
A partir desta sexta-feira e até o fim do mês, três pontos da Itaipu serão iluminados de amarelo, à noite, em alusão à campanha: a fachada do Centro de Recepção de Visitantes (CRV), as calotas do Parque da Piracema e o Portal do Conhecimento, da Unila.
Ao longo de setembro, cartilhas, folhetos e cartazes produzidos pela ABP e CFM serão distribuídos. Um deles é o livreto “Como ajudar?”, com orientações de prevenção ao suicídio, que será impresso e entregue ao público interno no dia 19 de setembro. Outras serão disponibilizadas em formato digital – entre elas, algumas para públicos específicos, como médicos e pais.
No dia 22, às 15h, o psicólogo e professor Ivo Valente Côrte apresentará uma palestra on-line sobre como ajudar a prevenir o suicídio. Graduado em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Valente é o coordenador do curso de Psicologia do Centro de Ensino Superior de Foz do Iguaçu (Cesufoz) e possui especialização em Docência de Ensino Superior e mestrado em Saúde Pública. O tema da sua dissertação foi “Ocorrência de suicídio entre trabalhadores em região de fronteira”.
Setembro Amarelo
A campanha Setembro Amarelo surgiu nos Estados Unidos, em 1994, quando a família de um jovem suicida distribuiu, em seu velório, cartões amarrados em fitas amarelas com frases de apoio para pessoas que estivessem enfrentando problemas emocionais. O amarelo fazia alusão à cor de um carro que o jovem tinha. Por iniciativa da ABP, do CFM e do Centro de Valorização da Vida (CVV), em 2014 a campanha chegou ao Brasil.
Desde então, materiais informativos são produzidos pela ABP e CFM e distribuídos gratuitamente, em um esforço para levar informações sobre a prevenção ao suicídio a toda a sociedade. A intenção principal, segundo a ABP, é informar que o suicídio pode ser evitado e de que maneira isso pode ser feito, enfatizando os cuidados com a saúde mental.
Corrente pela vida
O suicídio é um problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, mais pessoas morrem de suicídio do que de HIV, malária, câncer de mama, guerras ou homicídios.
Todos devem atuar ativamente na prevenção do suicídio, mas o tema ainda é visto como tabu em muitos lugares. Segundo a ABP, é importante falar sobre o assunto para que quem esteja passando por momentos de crise e pessoas próximas saibam como buscar ajuda.
De acordo com a associação, quando alguém decide terminar com a sua vida, os seus pensamentos, sentimentos e ações tornam-se muito restritivos, ou seja, ela fica incapaz de perceber outras maneiras de enfrentar ou de sair do problema.
“Precisamos orientar para conscientizar e no mês de setembro concentramos os nossos esforços na prevenção”, afirma o presidente da ABP, Antônio Geraldo da Silva. “A morte por suicídio é uma emergência médica e pode ser evitada com o tratamento adequado do transtorno mental.”
Com informações da ABP.