Minha formação foi à vida, foi minha vontade de aprender e a paixão pelo que faço!

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Marcia Gisi Paz é uma jovem mulher e empresária, com três lindos filhos e um neto de 7 meses. Casou cedo e sua jornada como esposa e mãe foi de luta, de muitos obstáculos e desafios.

Sofreu, chorou e passou muitas noites em claro para poder dar o sustento necessário para os filhos, mas nunca desistiu do maior sonho dela: ser designer de moda.

Mesmo não podendo frequentar cursos de formação profissional, sua obstinação pelo que queria, foi o impulso para buscar o conhecimento por si só e com a prática, amor e dedicação, hoje é uma das empresárias da moda de sucesso da sociedade Iguaçuense.

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“Descobri que amava desenhar vestidos aos 11 anos. Naquela época não sabia o que era estilismo, muito menos designer de moda. Eu pegava figuras e reproduzia desenhando e pintando os modelos de vestidos no meu caderno. Normalmente eram modelitos românticos.

Quando cresci, continuava com aquela paixão enorme em desenhar e transformar meu desenho em vestido. Então fui buscar conhecimento, sozinha e naquela época a gente não tinha a facilidade de internet para procurar, pesquisar e fazer curso à distância.

A saída para isso, foi fazer alguns cursos de desenhos e corte costura que tínhamos na cidade, o que me ajudou muito. Esses cursos foram à base para eu poder aprimorar meus traços e desenvolver as peças de roupas. Penso que posso dizer que sou autodidata.

Minha mãe notou meu talento e foi a pessoa que mais me apoiou e que me deu muito incentivo. O fato de ter alguém me ajudando e acreditando no meu potencial e vocação, é meio caminho, ainda mais quando essa pessoa é sua mãe.

Morei um período em Curitiba, com minha irmã, para estudar. Aos 18 eu já tinha uma base em desenhar, então fui trabalhar numa loja de tecidos, lá mesmo. Foi meu primeiro emprego e foi lá que comecei a dar os primeiros passos para minha carreira.

Fiquei muito feliz, pois, não tinha experiência nenhuma, porém usei a minha intuição e fui descobrindo e desenvolvendo um trabalho diferenciado na loja.

NOVAS MUDANÇAS

Nesse meio tempo casei e vim morar em Foz do Iguaçu. Tive três filhos, duas meninas e um menino. Depois de 20 anos, me separei. Durante os 20 anos de casamento, vivemos muitas dificuldades no dia a dia, mas como tudo passa, minha vida foi entrando nos eixos e me tornei uma mulher forte, com um aprendizado, experiência e bagagem de vida.

No entanto, acredito que o maior grau de dificuldade que enfrentei e sempre mexeu comigo, era ter que deixar meus filhos em casa para trabalhar. Não tinha outro jeito. Foi difícil, mas consegui administrar e muito bem, por sinal.

Dificuldades são como desafios. Temos que encara-los, porque é desta forma que vamos crescer e superar. Muitas vezes o medo pode nos impulsiona para frente.

Em Foz do Iguaçu fui trabalhar na Loja Gaúcha, no setor de tecidos. Então as mulheres iam lá comprar e já pediam para eu desenhar o modelo, conforme o tecido escolhido, o desejo e o gosto de cada uma. Durante o dia eu trabalhava na loja e a noite, eu fazia alguns trabalhos livres, como bordar peças de roupas ou acessórios, com lantejoulas, strass, cristais, pérolas, etc.

Entrei nesse outra vertente da alta costura porque observei que as clientes queriam algo mais em suas roupas. Então comecei a bordar. Eu passava muitas madrugadas acordada e bordando, pois, esta também era uma renda extra e que me ajudava muito nas despesas de casa e das crianças.

UMA NOVA FASE

Com o passar do tempo, eu e minha família montamos uma loja de tecido onde continuo desenhando os modelos para minhas clientes. A loja, que já tem cerca de 15 anos, foi ampliada e hoje trabalhamos com aluguel de roupas também.

Com o passar do tempo, observei que as clientes procuravam muito a forma de aluguel de roupas, pois, as mulheres não queriam fazer um vestido luxuoso e caro, para depois deixar dentro do guarda-roupa.

Hoje tenho cliente de todas as idades, que vai da adolescência até as senhoras mais experientes. Tenho cliente de muitos anos e são pessoas que se identificaram com meus traços, cortes e tecidos. Tem muitas que viram minhas amigas de tanto tempo que convivemos juntas.

Minha vida não foi muito fácil, como a de milhões de outras mulheres. Hoje tenho um neto, o Ravi. Sou apaixonada por ele. Sou uma vó babona. Não levo mais trabalho para casa para ficar madrugada adentro trabalhando. Pelo contrário. Depois do expediente, faço caminhadas, ando de bicicleta com o grupo do pedal e curto uma vida social que eu não tive tempo de viver quando era mais jovem.

Minha vida profissional está estável, mas já tenho muitos outros projetos e planos que estou colocando em prática. Também dedico meu tempo fora da loja para buscar mais conhecimento e ver as tendências mundiais. Agora também faço muitos cursos online, assisto tutoriais e participo de eventos do mundo da moda”.

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